O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, manifestou apoio à operação de grande escala deflagrada na semana passada no Rio de Janeiro, durante sua participação no Fórum Paulista de Desenvolvimento (FOPA 2025) em Itu, São Paulo. Em seu discurso, Derrite criticou o sistema penal brasileiro, alegando que ele sofre de falhas originadas por uma “cultura marxista” que, em sua opinião, tende a encarar criminosos como vítimas.
Derrite, que também exerce o cargo de deputado federal, enfatizou a necessidade de reformas legislativas para diminuir a reincidência criminal. Segundo o secretário, uma das principais causas do problema é a percepção dos criminosos de que a prisão será apenas temporária, o que incentivaria a repetição de delitos.
O secretário destacou o caráter técnico da operação realizada pelas forças de segurança do Rio de Janeiro na última terça-feira (28). Ele argumentou que ações como essa são compatíveis com iniciativas focadas no combate econômico ao crime, como o enfrentamento à lavagem de dinheiro. “Uma medida não exclui a outra”, afirmou Derrite, ao criticar especialistas que, segundo ele, subestimam a realidade enfrentada por agentes e moradores de áreas de conflito.
Derrite comparou a situação do Rio de Janeiro com cenários de violência que, segundo ele, têm sido enfrentados pela polícia de São Paulo em áreas como a Baixada Santista, citando as operações Escudo e Verão como exemplos. Ele observou que essas operações foram alvo de críticas de setores públicos e da sociedade civil, críticas que, segundo o secretário, frequentemente partem de pessoas que desconhecem a realidade local.
O secretário anunciou que pretende se licenciar do cargo na administração estadual para assumir a relatoria, na Câmara dos Deputados, de um projeto que propõe equiparar organizações criminosas a grupos terroristas. Derrite declarou que, como relator, defenderá o enquadramento de facções como o PCC e o CV como organizações terroristas e o endurecimento das regras sobre progressão de regime, com o objetivo de aumentar o tempo de permanência desses condenados no sistema prisional.
Fonte: www.conexaopolitica.com.br
