A delegação da Venezuela marcou presença na COP30, em Belém, com um Airbus A340-600 da Conviasa, considerada a maior aeronave a aterrissar no evento até o momento. O modelo, um quadrimotor de longo alcance, é conhecido por sua capacidade de transporte e dimensões avantajadas.
O A340-600, outrora um dos aviões mais extensos do mundo, opera atualmente em um número limitado de companhias aéreas, devido ao seu elevado consumo de combustível. A Venezuela utiliza essa aeronave frequentemente em voos oficiais para destinos como Rússia, Turquia, Cuba e Irã.
Apesar de ser projetado para viagens intercontinentais, o A340-600 foi utilizado em um percurso relativamente curto entre Caracas e Belém. Estima-se que a viagem tenha demandado cerca de 27 toneladas de combustível. Em comparação, o jato presidencial ACJ319, também pertencente à frota venezuelana, consumiria aproximadamente 8,7 toneladas no mesmo trajeto. Considerando a configuração comercial do A340-600, o consumo por passageiro seria superior ao do A319.
Outras delegações presentes na COP30 optaram por aeronaves mais eficientes em termos de consumo de combustível. O Catar, por exemplo, chegou com um A340-300, que apresenta um consumo médio de 0,04 quilo de combustível por milha náutica por assento. Já o A340-600 da Venezuela tem um consumo estimado de 0,07 quilo. O governo da Holanda utilizou um Boeing 737-700, que registrou números semelhantes aos do avião catari.
O voo venezuelano ingressou no espaço aéreo brasileiro por Roraima. A rota pode estar relacionada à suposta ausência de autorização de sobrevoo por parte da Guiana e do Suriname para aeronaves estatais venezuelanas, o que forçaria o desvio do trajeto.
O A340-600, em desuso por diversas companhias aéreas, tem sido substituído por aeronaves bimotores mais modernas, que consomem menos combustível, emitem menos gases poluentes e transportam volumes de carga semelhantes.
Fonte: www.conexaopolitica.com.br
