Representantes de governos de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné Equatorial, Timor-Leste, Portugal e Espanha estão no Rio de Janeiro para conhecer de perto o sistema de saúde pública municipal. O objetivo principal da visita é promover uma troca de experiências e conhecimentos sobre a preparação e resposta a emergências de saúde pública, com foco na Atenção Primária, resiliência do sistema de saúde e o uso de tecnologias para monitoramento e gestão.
A iniciativa, organizada em colaboração com a Global Health Strategies, organização ligada à Fundação Gates, visa fortalecer os sistemas de saúde em diversos países através de parcerias internacionais. O Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também apoiam o evento.
“A gente sabe que o risco de emergências sanitárias não é só local, é global. Infelizmente, para essas emergências, não existem fronteiras. Então, quanto mais países estiverem preparados para identificar e responder, melhor”, declarou a superintendente de Vigilância em Saúde.
Na quinta-feira, a delegação foi recebida no Super Centro Carioca de Vacinação em Botafogo, onde conheceram as iniciativas tecnológicas implementadas na saúde pública para transformar dados em informações úteis, além da estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS).
A programação incluiu uma visita à Clínica da Família, para observar os serviços da Atenção Primária à Saúde. Os membros da comitiva puderam conhecer as linhas de cuidado oferecidas e as práticas de Vigilância em Saúde utilizadas, como o monitoramento da cobertura vacinal e da saúde materno-infantil.
“É sempre importante trocarmos experiências e mostrar um pouco do nosso trabalho e do nosso investimento para aprimorar o SUS. Isso mostra que o município do Rio é um modelo a ser exportado. Ao mesmo tempo, é importante receber as contribuições de outros locais, inclusive com possíveis parcerias”, afirmou a superintendente de Atenção Primária.
A visita também destacou o papel da inovação tecnológica na gestão da saúde pública, com a apresentação de ferramentas baseadas em dados e inteligência artificial que auxiliam no monitoramento de surtos e na prevenção de crises sanitárias.
Para esta sexta-feira, a comitiva tem agendada uma visita ao Centro de Inteligência Epidemiológica (CIE), órgão da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, responsável por monitorar o cenário epidemiológico da cidade e coordenar respostas rápidas a emergências de saúde pública.
“É uma grande oportunidade aprender com o Brasil, especialmente o uso de inteligência artificial na vigilância epidemiológica, algo que pretendemos incorporar em nossos sistemas de saúde”, disse um dos colaboradores do Instituto Nacional de Investigação em Saúde (INIS) de Angola.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
