A Executiva Nacional do União Brasil tomou a decisão de afastar imediatamente o ministro do Turismo, Celso Sabino, de suas funções na Executiva e no Diretório Nacional do partido. A medida, aprovada em reunião nesta quarta-feira, também resultou na intervenção no diretório estadual do Pará, que era liderado por Sabino.
Além do afastamento, foi aberto um processo de expulsão contra o ministro, encaminhado ao Conselho de Ética da legenda. O Conselho terá um prazo de 60 dias para analisar o caso e emitir um parecer, que será devolvido à Executiva para deliberação final. Durante esse período, Sabino permanecerá filiado ao partido, porém, sem poder de atuação interna.
A decisão do União Brasil está diretamente relacionada ao posicionamento do partido e do Progressistas (PP) em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As ações contra Sabino, no entanto, possuem efeito limitado na atuação do ministro, que já havia colocado o cargo à disposição em setembro, mas aceitou o pedido de Lula para permanecer na função até a conclusão de projetos ligados à COP30, evento agendado para Belém em 2025.
Em declarações, Sabino afirmou que permanecerá no governo a pedido do presidente Lula e considera “injusto” o processo aberto pelo partido. Ele argumenta que a proximidade da COP30 torna inoportuna qualquer mudança no comando do Ministério do Turismo, defendendo a continuidade do trabalho que vem sendo realizado.
Após a decisão do partido, Sabino reafirmou sua permanência no ministério, justificando que essa é a melhor escolha para o país e que o governo tem entregado resultados. Ele criticou o União Brasil por tomar decisões “equivocadas” e “precipitadas”, defendendo que o debate eleitoral deve ser reservado para o momento oportuno. O ministro também rebateu críticas, mencionando os resultados positivos do setor do turismo, com a geração de empregos e a criação de novas empresas.
Nos bastidores, Sabino revelou ter recebido o apoio de diversos congressistas, que defenderam sua permanência no cargo, pelo menos até a realização da COP30, evento considerado crucial para o país.
Em contrapartida, o PP optou por uma medida menos drástica em relação ao ministro do Esporte, André Fufuca, afastando-o de todas as funções partidárias, incluindo a vice-presidência nacional e o comando da sigla no Maranhão. A decisão foi tomada após Fufuca manifestar a intenção de permanecer no governo Lula, contrariando a orientação da Executiva Nacional do PP.
O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, declarou que o partido não faz e não fará parte do governo atual, afirmando não haver identificação ideológica ou programática com a gestão Lula.
Fonte: www.conexaopolitica.com.br
